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Como funciona o facebook

Sabe que o facebook pode influenciar o número de seguidores ou a audiência das páginas?

Os senhores que mandam no facebook podem decidir fazer oscilar o número dos seguidores das suas páginas ou fazer variar a sua audiência média por atualização de página, mediante uma (simples) alteração no algoritmo. Este "algoritmo" é, em terminologia informática, e de forma simplista, o conjunto de regras e operações que permitem resolver problemas num determinado número de etapas.

Isto quer dizer que uma (simples) alteração no dito algoritmo pode promover uma acentuada variação nos números. Se, por exemplo, tinha 2.000 ou 20.000 seguidores e agora apenas uma parte destes recebe as atualizações das suas páginas, ou se tinha 2 ou 4 ou 6 mil visitantes como audiência média por cada atualização de página e agora tem menos de 1.000, então é possível que o facebook tenha alterado o algoritmo.

O algoritmo do facebook está programado de forma a utilizar critérios diferentes para promover internamente artigos diferentes. A título de exemplo, um artigo sem quaisquer ligações (links) ao exterior ou que redirecione para conteúdos internos à rede é difundido por mais utilizadores do que um texto que tenha uma ligação (link) externa ao facebook.

Os utilizadores que sujeitam outros "facebookers" à exposição exterior são, assim, negativamente discriminados, sendo penalizados por promover a "saída da rede". Ao contrário, quem oferece conteúdos ao próprio facebook e faz com que outros utilizadores fiquem circunscritos a esses conteúdos, promovendo uma espécie de "circum-intra-navegação", é mais divulgado.

Então, o dito algoritmo proporciona um tipo de "pescadinha-de-rabo-na-boca", ou seja, é utilizado para manter os "facebookers" dentro do facebook, numa perspetiva de gerar cliques nos artigos pagos e anúncios e, desta forma, potenciar as receitas de publicidade. Quer isto dizer que os utilizadores da rede são utilizados para gerar e potenciar receitas para o facebook.

Não sendo suficiente que os "facebookers" gerem receitas (no 2º trimestre de 2013 o facebook registrou um volume de negócios recorde de 1,81 bilhões dólares, de acordo com informação recolhida em http://pt.kioskea.net/), os senhores que mandam no facebook resolveram elevar a fasquia deste "jogo" parecido com uma "circum-intra-navegação".

logo facebookA rede, lembramos que apenas legitimada e sustentada pela existência dos seus utilizadores, que são "clientes" dos anunciantes, promove agora a ideia de que ter muitos seguidores não é suficiente e que os anunciantes que não pagaram até agora, ou que pagaram pouco, que queiram que o facebook promova as mensagens/anúncios junto dos "seus" seguidores, têm de pagar.

O facebook sabe que a comunidade é imensa a nível global e, sem grandes alternativas como modelo de negócio sustentável, aproveita a interação entre empresas e clientes criada na rede para gerar mais receitas. O facebook deixou de se contentar com uma fração do rendimento que obtém e quer mais, o que, segundo algumas opiniões, pode inviabilizar o negócio. 

A alteração do algoritmo que provoca a diminuição dos seguidores de determinada página ou a alteração da audiência de um utilizador "manipula" as necessidades dos utilizadores. Pagar será uma forma de "repor a ordem" no que toca às empresas chegarem aos "seus" seguidores novamente, uma vez que os "facebookers" estão todos lá, disponíveis. Desta forma, o facebook torna-se "dono" de um manancial de clientes e as empresas devem pagar para chegar a eles. E quantos mais "facebookers" se quiser alcançar, mais terá de se pagar, certo?

No fundo, os seguidores de determinada pessoa, empresa, coisa ou acontecimento no facebook não são "do utilizador", particular ou empresa, são do facebook porque só existem porque/enquanto estão naquela rede. O utilizador conquistou-os, é certo, mas estão à disposição do facebook, sendo que este pode provocar "oscilações", "fazer exigências" ou "manipular" algoritmos de forma a gerar mais rendimento.

Muitos serão, certamente, afetados e/ou afastados por esta medida, já que poderá ser difícil manter uma presença permanentemente paga na rede. Para estes, esta (simples) mudança de algoritmo poderá representar a falência. Pessoas e empresas que centraram a sua comunicação apenas numa plataforma podem sofrer um dano significativo, tornando-se "invisíveis" de um dia para o outro.

Texto criado a partir de um alerta lançado pelo economiafinancas.com

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