Jornais, revistas e livros - Daniela d’Almeida Lourenço
Não há nada que se equipare a ler as notícias em formato papel.
Opiniões, manchetes, através de um meio versátil, descartável e efémero. Há muito que o jornal deixou de ser um veículo das notícias como novas; estas são avançadas por meios digitais, como a televisão. O jornal é a agora ateniense, é onde se traçam opiniões sobre as notícias que já o foram; para além de um espaço de discussão, é um manual para a compreensão dos eventos actuais, os quais são tão mais rapidamente anunciados pelos outros meios que não temos tempo de os digerir.
Esse é o poder de um jornal: o de se manter informado mesmo estando fora do círculo digital, sem que abdique da sua chávena de café ou que tenha de interromper a sua viagem até ao trabalho. Conquanto que os tablets permitam uma maior mobilidade para a leitura das notícias, opiniões ou outros conteúdos, não são acessíveis a todos (ou à maioria de) nós, não podem apanhar chuva, ficar entalados entre as portas do autocarro, servir de guarda-chuva improvisado, ou ser deixado para o passageiro de autocarro seguinte… e, ao fim do dia, também não podem forrar a gaiola do canário ou limpar vidros embaciados. O jornal é uma instituição dos nossos dias e, como a pintura em relação à fotografia, não poderá ser substituída pelos meios de comunicação mais avançados.
Todavia, o jornal como produto sofreu quebras de procura como nunca seria imaginável há vinte e poucos anos atrás, contudo, terá de adaptar-se a esta realidade. E já começou a fazê-lo. Os jornais gratuitos já são uma realidade que é comum a muitos nós, e ameaçam até a qualidade ambiental das cidades onde são distribuídos, dado que as pessoas se desfazem deles sem relutância, já que não os pagaram.
Como pode poupar sem prescindir de ler o seu jornal, ou ainda a sua revista (que, apesar de semanal, é bem mais cara)? Há superfícies comerciais que disponibilizam as sobras dos diários gratuitamente ao fim do dia. Basta passar por uma das caixas de pagamento. Quanto às revistas, há empresas que as disponibilizam online, assim que lançam o número mais recente.
No que diz respeito aos livros, a resposta é fácil: as bibliotecas locais disponibilizam obras de todos os tipos gratuitamente. Em alternativa, pode trocar obras entre amigos e familiares, ou mesmo colegas de trabalho. Se pretende mesmo comprar alguma obra, faça-o em altura de promoções, como o período depois do Natal, ou nos alfarrabistas, se não se importa de adquirir obras manuseadas.
Excerto de Mande a crise emigrar, de Daniela d’Almeida Lourenço
©Daniela d’Almeida Lourenço, 2013
Fique a conhecer outras ideias em "Mande a crise emigrar" de Daniela d’Almeida Lourenço, um e-book desenhado para uma leitura simples e concisa e para uma aplicação prática generalizada, ou seja, para que seja útil a um vasto público. O manual custa 5,99 Eur e pode comprá-lo na Leya Online em https://www.leyaonline.com
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