Caro Nuno Figueiredo, bom dia.
Se o Nuno fosse o representante da comissão de trabalhadores da empresa ou a empresa tivesse um sindicato e o Nuno fosse associado, teria "força" ou "peso" para pressionar o Diretor de Recursos Humanos a elaborar um parecer acerca da situação.
Portanto, quanto aos "instrumentos" que tem ao seu dispor para "compelir as pessoas responsáveis pela área de recursos humanos a ter de responder", são poucos ou inexistentes (já vamos falar da ACT...).
Quanto ao facto de ter havido alterações na estrutura do departamento e, com base nisso, poderem ser feitas alterações ao contrato a termo incerto, a resposta é afirmativa, se houvesse vontade dos responsáveis. Para eles "está tudo bem", ou não?
Considere que, num organismo público, os responsáveis são, muitas vezes, (auto)desresponsabilizados pelo "peso" e pela "estrutura" dos organismos, sendo fácil "sacudir" a poeira para cima que qualquer outro "responsável".
Compreendemos a frustração de lidar com este tipo de "responsáveis" que de nada se responsabilizam e que, ao contrário do que pudemos interpretar, se tratassem "as organizações (...) como se de empresas deles se tratasse.", estariam mais alerta para a necessidade de serem efetivamente responsáveis e de assumirem para com os trabalhadores um compromisso de autenticidade e transparência!
Considere que as empresas/entidades/organismos sentem como um "ataque" quando um trabalhador coloca as chefias em causa, que quer pareceres, que pressiona para obter respostas, que visa "compelir" as pessoas responsáveis... trata-se, na sua perspetiva, de um trabalhador "problemático", para despedir...
Agora quanto à ACT. Esta entidade "pode servir de ajuda nesta questão", sim, mas (parece-nos) apenas do ponto de vista consultivo. Ou seja, sem uma comissão de trabalhadores ou sindicato, o Nuno não tem muita "força" ou "peso" para obrigar quem quer que seja a emitir um parecer sobre o que quer que seja... mas poderá questionar a ACT sobre o tipo de contrato face às alterações no departamento... e ir por essa via. Mas tenha em consideração que o Estado (ACT) poderá não querer ajudá-lo muito, uma vez que estará a atuar "contra" si mesmo, na vertente de organismo público (Estado), certo?