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Coloca aqui todas as dúvidas que tenhas sobre adoção em Portugal ou protecção na parentalidade em caso de adoção.
Dúvidas sobre adopção
- Beatriz Madeira
- Autor do tópico
- Desligado
- Obrigado recebido 704
Olá! Vi este fórum e como estamos a pensar adoptar resolvi escrever. Temos muitas dúvidas e muitos medos... estamos há 4 anos a tentar engravidar e como ainda não aconteceu estamos a pensar em adoptar. Será que nos podem ajudar? Adopção internacional ou nacional? O que é preciso fazer em ambos os casos? E quanto tempo demora? Como é avaliada a nossa capacidade de sermos pais? Queremos uma menina, será possível? E se a criança tem problemas? E se nós não conseguimos adaptar-nos uns aos outros? Bom, as dúvidas são imensas... Qualquer informação é bem vinda Obrigada
Respondido por Beatriz Madeira
- Beatriz Madeira
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A adopção é uma opção de família. Mais do que "dar amor e uma família a uma criança que precisa", a adopção deve ser uma opção de constituir uma família, ter uma descendência, tal como ter um filho biológico seria.
A defesa da adopção nacional surge como a mais plausível porque há em Portugal crianças "suficientes" para serem adoptadas... porquê ir "buscar" lá fora o que temos aqui bem perto, no nosso país. É como o turismo "vá para fora cá dentro"! A mensagem subjacente é que podemos fazer uma opção feliz aqui mesmo. Aquilo que poderá fazer mudar esta opção está relacionado com os tempos processuais.
Para iniciar um processo de adopção, seja nacional ou internacional, devem dirigir-se a um serviço de adopção da Segurança Social ou da Santa Casa da Misericórdia e recolher todas as informações sobre os procedimentos e documentos necessários para a candidatura.
Quanto ao tempo nada é previsível mas há limites legais de duração de algumas fases do processo de adopção: 6 meses para a candidatura e 6 meses para a fase de pré-adopção. Desde que a criança é confiada à pessoa/casal até que a sentença é decretada pode levar cerca de 1 ano (que inclui o período de pré-adopção). A etapa da "espera", depois da candidatura estar concluída e até que vos seja confiada a criança, é totalmente imprevisível.
A capacidade de ser pais é "avaliada" ao longo de todo o processo, mas não como tal. São "avaliadas" motivações, formas de relacionamento inter-casal, formas de ser/estar da pessoa/casal, condições de habitabilidade da (futura) casa da criança, formas de "gestão" de emoções, etc. No entanto, aquilo que interessa à equipa de adopção - um psicólogo e um assistente social - é encontrar as (melhores) condições para as crianças, incluindo pessoas capazes de serem pais pelo simples facto de quererem sê-lo.
É possível "escolher" o sexo/género da criança, sim. E não se sintam "envergonhados" por quererem fazê-lo. Todos temos direito a idealizar a(s) nossa(s) criança(s) e é bom que o assumam isso logo de início. Pode acontecer serem levados a reflectir sobre essa escolha ao longo do processo, pelo que a opção deve ser fundamentada, racional ou emocionalmente. Assim como a idade da criança, há que pensar nisso.
Quanto às últimas questões... A inter-adaptação (criança/família) leva tempo, é dura e demora. É preciso estar "aberto" à experiência e, sobretudo, estar disposto a aceitar aquela pessoa como ela é e não como se gostarias que ela fosse. A criança tem uma história que é preciso "absorver" e conseguir lidar com ela. A equipa de adopção levar-vos-à a considerar diferentes possibilidades/características de crianças e histórias de vida que vos levarão a reflectir sobre estas questões.
A defesa da adopção nacional surge como a mais plausível porque há em Portugal crianças "suficientes" para serem adoptadas... porquê ir "buscar" lá fora o que temos aqui bem perto, no nosso país. É como o turismo "vá para fora cá dentro"! A mensagem subjacente é que podemos fazer uma opção feliz aqui mesmo. Aquilo que poderá fazer mudar esta opção está relacionado com os tempos processuais.
Para iniciar um processo de adopção, seja nacional ou internacional, devem dirigir-se a um serviço de adopção da Segurança Social ou da Santa Casa da Misericórdia e recolher todas as informações sobre os procedimentos e documentos necessários para a candidatura.
Quanto ao tempo nada é previsível mas há limites legais de duração de algumas fases do processo de adopção: 6 meses para a candidatura e 6 meses para a fase de pré-adopção. Desde que a criança é confiada à pessoa/casal até que a sentença é decretada pode levar cerca de 1 ano (que inclui o período de pré-adopção). A etapa da "espera", depois da candidatura estar concluída e até que vos seja confiada a criança, é totalmente imprevisível.
A capacidade de ser pais é "avaliada" ao longo de todo o processo, mas não como tal. São "avaliadas" motivações, formas de relacionamento inter-casal, formas de ser/estar da pessoa/casal, condições de habitabilidade da (futura) casa da criança, formas de "gestão" de emoções, etc. No entanto, aquilo que interessa à equipa de adopção - um psicólogo e um assistente social - é encontrar as (melhores) condições para as crianças, incluindo pessoas capazes de serem pais pelo simples facto de quererem sê-lo.
É possível "escolher" o sexo/género da criança, sim. E não se sintam "envergonhados" por quererem fazê-lo. Todos temos direito a idealizar a(s) nossa(s) criança(s) e é bom que o assumam isso logo de início. Pode acontecer serem levados a reflectir sobre essa escolha ao longo do processo, pelo que a opção deve ser fundamentada, racional ou emocionalmente. Assim como a idade da criança, há que pensar nisso.
Quanto às últimas questões... A inter-adaptação (criança/família) leva tempo, é dura e demora. É preciso estar "aberto" à experiência e, sobretudo, estar disposto a aceitar aquela pessoa como ela é e não como se gostarias que ela fosse. A criança tem uma história que é preciso "absorver" e conseguir lidar com ela. A equipa de adopção levar-vos-à a considerar diferentes possibilidades/características de crianças e histórias de vida que vos levarão a reflectir sobre estas questões.
Respondido por Beatriz Madeira
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