As entrevistas são sempre momentos de ansiedade e nervosismo, é normal! Não se sabe o que vai ser "avaliado" e estamos pouco à vontade porque sabemos que queremos muito ter um filho e que isso depende desta "avaliação". As conversas decorrem, por norma, em tom informal, o que leva a que, a pouco e pouco, nos sintamos mais descontraídos. É preciso ser "nós próprios" e deixar transparecer a "verdade" para que o nosso filho seja o mais "parecido" connosco. Se mostramos algo que não somos, receberemos uma criança que não "corresponde" ao nosso ser e viver, ou não recebemos mesmo qualquer criança, porque não fomos verdadeiros. Isto pode dar origem a grandes frustrações, a uma história de vida "triste" ou a uma família que não chegou a acontecer...
Como poderão ler em /familia/infancia/538-adopcao-em-portugal--parte-2--dimensao-emocional.html, "primeira entrevista destina-se a conhecer a pessoa/casal candidato, as motivações para a adopção e as pretensões quanto à criança a adoptar. A segunda entrevista serve para “apurar” estes temas e propõe já alguma reflexão aprofundada sobre as características da criança a adoptar, a chamada “pretensão”. Na terceira entrevista é feito um conjunto de testes psicométricos que fazem parte da avaliação psicológica da pessoa/casal candidato. Por último, é feita uma entrevista em casa da pessoa/casal candidato a fim de conhecer o espaço, o ambiente e aferir as condições de habitabilidade da casa em que a criança virá a viver, bem como aprofundar questões como as motivações para a adopção, a relação do casal, formas de estar e de possível relação com (um)a criança.".