O risco deixa de existir a partir do momento em que a desvinculação da família biológica se faz. Quando se tratam de adopções plenas, as crianças são mesmo "desligadas" da sua origem. Não há qualquer ligação pendente, não há visitas, não há contactos entre as crianças e a sua família "original". Este risco é minorado, ainda mais, pelo facto das equipas de adopção "escolherem" pais/famílias adoptivas sem qualquer tipo de identidade com o passado das crianças. Ou seja, mesmo sendo uma criança de determinada cidade, adoptada na mesma cidade, a zona residencial e a condição social dos pais adoptivos são totalmente diferentes, o que já por si representa um "afastamento" real face ao passado da criança. A família "original" deixa de ter qualquer contacto com a criança no momento em que ela é sinalizada para adopção, cortando-se qualquer laço que poderia ainda subsistir. Os pais "originais" não sabem nada acerca do futuro da criança. Para além disto, as crianças adoptadas rapidamente "mudam de aspecto" tornando mais difícil qualquer reconhecimento por parte da família original.
