Ora viva sou nova no fórum pois registei-me á muito pouco tempo no entanto, gostaria se possível que me dessem o vosso parecer para a minha complicadíssima situação.
Trabalho á cerca de 12 anos num lar de terceira idade como Administrativa, este lar devido á sua sempre má gestão dos gerentes e respetivos familiares consegue sobreviver através de abelidadas tais como estar aberto á cerca de 40 anos sem alvará e sem licença de funcionamento as receitas são sempre delapidadas o que causa atraso nos pagamentos de vencimentos, fornecedores, segurança social, finanças etc. ameaças de corte de água eletricidade, gás, telefone são quase mensais, quando a tempestade se torna muito violenta a solução que encontram é abrir falência da anterior firma e abrem novamente no mesmo local com os mesmos trabalhadores os mesmos doentes mas com um nome diferente que serve de pedra de arremesso para quem ali se dirige afim de fazer as suas cobranças, alegando que a antiga firma já não existe. Já lhe conheci pelo menos uns 5 nomes diferentes.
No que me toca pessoalmente, á cerca de 3 meses e meio, fui chamada ao advogado da firma o qual me informou que por deliberação da gerência iam abrir insolvência desta firma onde trabalho e que iam abrir uma com outro nome no mesmo local, e que os meus serviços não seriam necessários, continuou dizendo que a firma não tinha verba para me endemizar, mas que havia um fundo na segurança social para o efeito.
Sem nada poder fazer fiquei a aguardar a carta de despedimento a qual já lá vão perto de 4 meses sem aparecer. A gerência empurra para o advogado este não me atende o telefone, esta situação tem-me deixado completamente transtornada ao ponto de ter que ficar com baixa médica, pois estava á beira de uma depressão.
Fui á segurança social com todos os inconvenientes conhecidos de ter que estar em fila desde muito cedo para conseguir senha de atendimento, expliquei á funcionária que me atendeu que me estavam a retirar os descontos dos recibos e este valor não estava a ser entregue neste organismo, ao que ela muito desinteressada me foi dizendo que não tinham nada a ver com isso, pois essa situação era um problema das finanças.
Fui ao act e aí também não consegui sequer despertar o interesse do funcionário que me atendeu.
Nas finanças quando interroguei o funcionário como é que era possível ter a nova firma a funcionar no mesmo local, sem que tenham feito a insolvência da outra, foi-me dito que neste país tudo é possível.
Por opinião de alguns amigos estou-me a apresentar no mesmo local de trabalho cumprindo rigorosamente o horário que sempre tive.
Pedindo desculpa por esta tão longa exposição,
sou atentamente Florbela Paiva.
