Pílula contracetiva tem fraco risco tromboembólico
Os contracetivos hormonais (CH) são dos medicamentos mais estudados e monitorizados a nível mundial, devido ao seu extenso uso. Estima-se que mais de 3 milhões de mulheres entre os 15 e 49 anos utilizem por ano a pílula em todo o mundo.
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Interacção da pílula com medicamentos e outras substâncias
Desde a sua comercialização, há 50 anos, que se refere um aumento do risco de tromboembolismo venoso nos seus efeitos secundários. Esta associação entre os contracetivos orais combinados (pílula) e a doença tromboembólica tem sido alvo de extensa investigação científica.
Esta investigação tem apontado muitos outros fatores associados ao aumento do risco de complicações tromboembólicas na mulher, como a idade, a obesidade, o tabagismo e a coexistência de doenças médicas (diabetes, hipertensão arterial, trombofilias, entre outras).
O Consenso Português de Contraceção publicado em 2011 (documento produzido pelas sociedades científicas da especialidade) manifesta que o tromboembolismo venoso (TEV) é um efeito adverso grave, mas raro, dos contracetivos hormonais combinados. O risco de TEV nas utilizadoras de CHC é inferior ao risco de TVE associado á gravidez e é mais elevado no primeiro ano de utilização do método.
A Sociedade Portuguesa de Contracepção (SPdC) e a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) não vêm motivos para uma alteração na prescrição dos contracetivos hormonais combinados, desde que se respeitem todos os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde e do Consenso Nacional de Contraceção, ou seja, desde que tomados sob orientação médica. Estas duas entidades não vêm, igualmente, motivos para que as mulheres utilizadoras de pílula suspendam a sua toma, mas recomendam que, em caso de dúvidas, consultem o seu médico assistente.
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