Sistema para Acolher Crianças e Jovens em Risco vai ser Reformulado
«A situação é muito grave mas estamos a trabalhar na resolução desse problema», afirmou o Secretário de Estado da Segurança Social e da Solidariedade, Marco António Costa, referindo-se à notícia avançada pelo Diário de Notícias, de que o Estado estaria sem lugar para receber mais crianças e jovens em risco.
Em declarações após o Congresso Internacional sobre Inovação Social, no Porto, o Secretário de Estado acrescentou que «a situação não se resume a criar mais vagas, mas sim a melhorar o funcionamento e encontrar soluções para os jovens e para as crianças que estão nessas instituições».
Entre outras medidas, isto «passa por criar e qualificar muitas das vagas que existem. Não chega só criar vagas. Temos de as especializar, temos de lhes dar uma orientação específica em funções das necessidades dessas crianças», explicou Marco António Costa.
Referindo que não podem continuar a existir taxas de insucesso escolar na ordem dos 50% nos jovens institucionalizados, os Ministérios da Segurança Social e da Solidariedade e da Educação têm trabalhado em conjunto no Plano Casa, que será apresentado já no próximo mês de julho e que vai dar resposta a estas matérias: «O Ministério da Educação já anunciou, por exemplo, no âmbito da proteção de jovens e crianças em risco, que os professores que estão colocados nestas comissões [Comissões Nacionais de Proteção de Jovens e Crianças em Risco] passarão a estar a tempo inteiro e não a meio tempo».
O Secretário de Estado acrescentou também que «estão a ser mobilizados 300 profissionais, metade disponibilizados pelo Ministério da Educação e outra metade pelo Ministério da Solidariedade, para dar apoio pedagógico nas instituições».
Também serão dadas «respostas especiais na área da formação e da empregabilidade de jovens que entram em idade de procurarem uma ocupação profissional, assim como um conjunto de investimentos que queremos fazer nas condições de funcionamento destas instituições».
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