Alternativas ao sistema de previdência da Segurança Social
Numa altura em que ainda não há sinais de retoma económica, o melhor é pensar em alternativas ao sistema de previdência que permitam uma reforma sustentada e digna. Ficar à espera da pensão da Segurança Social pode não ser a melhor opção.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) prevê que os futuros reformados portugueses venham a ter uma pensão de apenas 68% do valor da última remuneração e sugere um aumento da idade da reforma em Portugal (atualmente nos 65 anos).
Considerando que o mercado privado tem uma oferta variada no que respeita a produtos de poupança, com características diversas, pode-se considerar aderir a produtos alternativos ao sistema português de apoio social na velhice. Para escolher o produto mais adequado, há que considerar fatores como a diversificação dos investimentos (não aderir exclusivamente a um produto), o tipo de risco que se está disposto a correr (baixo, médio ou alto) e, ainda, o período entre a subscrição/aquisição do produto e a reforma.
Para que se possa pensar num rendimento extra pensão e na manutenção do nível de vida, ou seja, numa reforma "tranquila", existem recomendações para que se poupe um mínimo de 10% dos rendimentos mensais para a reforma e que os mais jovens poupem 1 Eur por dia até à idade da reforma. Uma visão de longo prazo, baseada numa decisão atempada, e a iniciar o mais cedo possível, possibilita poupar o suficiente para complementar a pensão de reforma.
Soluções disponíveis no mercado
Plano Poupança Reforma (PPR) - Produto com capital garantido de risco médio, fácil movimentação e sem grandes custos de manutenção. Tem vindo a perder benefícios fiscais.
Certificados de Reforma - Também conhecidos pelos PPR do Estado, os descontos dos contribuintes vão para um fundo gerido pelo Estado, sendo o valor do complemento de reforma proporcional ao tempo de adesão e à taxa de entregas.
Certificados do Tesouro - Produto com capital garantido que permite o resgate antecipado após 6 meses. Esta solução está vocacionada para investimentos a médio e longo prazo, sendo tanto mais rentável quanto maior for o horizonte de investimento. A taxa de remuneração tem vindo a diminuir.
Fundos de investimento - Produto de risco elevado em que se entregam as poupanças a um gestor profissional que as aplica em vários mercados e valores financeiros. O investidor conta com uma boa diversificação dos investimentos e pode resgatar o respectivo investimento a qualquer altura.
Fundos de pensões abertos - Geridos por sociedades gestoras, servem para financiar planos de pensões a associados, sendo que as adesões de novos associados estão dependentes apenas da aceitação por parte da entidade gestora. Estes fundos têm diferentes níveis de exposição a acções.
Fundos de pensões fechados - Este tipo de fundos respeita apenas a um associado, ou a mais do que um apenas quando se verifica a existência de um elo empresarial, associativo, profissional ou social entre eles. É necessário o consentimento de todos para a adesão de novos associados.
Antes de aderir a qualquer um dos produtos indicados, sugerimos-lhe que consulte a DECO - Associação de Defesa do Consumidor que poderá informá-lo/a sobre características, vantagens/desvantagens e entidades a consultar para subscrever/adquirir oa produtos, assim como ajudá-lo/a a fazer a sua escolha.
Artigo de referência em https://ionline.sapo.pt/
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