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Como evitar as quedas de pessoas idosas

As nossas casas têm muitas “armadilhas” e as quedas em casa são uma das principais causas de dependência das pessoas idosas, chegando mesmo a ser uma causa de morte. Estatisticamente, a partir dos 80 anos 50% das pessoas sofrem quedas em casa que podem dar origem a “danos” na pessoa idosa e na sua família.

As quedas dos idosos afectam a qualidade de vida da pessoa e da família, assim como toda uma comunidade, por representarem um elevado número de internamentos em hospitais, lares ou outros equipamentos, cuidados ao domicílio, absentismo profissional de familiares, tratamentos dispendiosos, entre outros. A queda do idoso tem consequências psicossociais que passam pelo receio de se tornar dependente de terceiros ou pela falta de confiança que leva a uma progressiva deterioração do estado global do idoso, com redução da mobilidade, função e diminuição das actividades sociais e recreativas.

Aqui ficam algumas sugestões no sentido de evitar as quedas na casa onde o idoso reside ou permanece mais tempo:

  • Dispor a mobília de forma a não impedir o caminho, sem ter de ser contornada. SUGESTÃO: encostar as peças de mobiliário às paredes de forma a deixar espaços de passagem “abertos”.

  • Evitar todo o tipo de tapetes ou passadeiras porque o idoso pode escorregar ou tropeçar (mesmo quando têm anti-derrapante), sobretudo se o idoso utiliza andarilho, canadianas, cadeira de rodas ou outro. SUGESTÃO: retirar todos os tapetes.

  • Evitar ter objectos no chão, desde papéis, livros, revistas, fios, cabos, caixas ou brinquedos. SUGESTÃO: manter o chão “sem objectos” e fixar à parede todo o tipo de extensões eléctricas, fios de telefone ou de candeeiros, cabos de computador, fichas e afins.

  • Prevenir que o idoso utilize escadotes, bancos ou outras peças de mobiliário para chegar a móveis ou prateleiras mais altas. SUGESTÃO: “ter tudo à mão” para que não seja criada a necessidade de chegar a superfícies mais altas.

  • Manter o chão em bom estado de conservação. SUGESTÃO: verificar se existem tacos ou peças de soalho levantadas ou superfícies irregulares e proceder à sua reparação. Ao encerrar o chão utilizar cera não derrapante ou produtos semelhantes.

  • Garantir uma boa iluminação sos acessos à habitação, nomeadamente entradas e escadas. SUGESTÃO: manter entradas e escadas bem iluminadas, com interruptores visíveis; corrimões de ambos os lados, bem firmes à parede e tão longos como as escadas.

  • Usar luzes nocturnas no quarto e casa de banho caso exista necessidade de levantar/urinar várias vezes durante a noite. SUGESTÃO: ponderar a colocação de uma mesa-de-cabeceira com dispositivos urinários evitando deslocações nocturnas à casa de banho.

  • Adaptar a casa de banho às necessidades do(s) idoso(s). SUGESTÃO: colocar sanitários baixos e, na impossibilidade de trocar a banheira, colocar barras de apoio laterais de modo a facilitar a entrada e o estar de pé ou adoptar bancos específicos para banho.

  • Dar preferência a uma cama baixa para que o idoso não corra o risco de cair. No caso de uma pessoa acamada, a cama deve ser articulada e ter barras de protecção (que podem ser adquiridas separadamente e colocadas em qualquer tipo de cama).

Existem também cuidados de higiene, de alimentação e de vestuário que podem ajudar a prevenir as quedas:

  • Cortar e manter curtas as unhas dos pés e das mãos.

  • Retirar, cuidar e manter cuidados calos dolorosos.

  • Utilizar calçado de número adequado, sem saltos altos e com solas anti-derrapantes e evitar chinelos.

  • Utilizar roupa confortável que permita os movimentos e que não seja muito comprida para não correr o risco de tropeçar.

  • Mudar de posição de forma gradual, lenta e progressiva, iniciando a marcha apenas quando estiver confortável.

  • Estar atento a alterações que novos medicamentos possam fazer surgir; esclarecer com o médico ou farmacêutico dos efeitos de cada medicamento e da conjugação dos novos com os habituais de forma a evitar “alterações” que possam dar origem a quedas.

  • Estar atento a alterações que o consumo de álcool, mesmo em pequenas quantidades, possa provocar quando conjugado com a toma de determinados medicamentos.

Quando o idoso vive sozinho, as consequências de uma queda podem ser mais graves. Existem, por isso, mecanismos como o Tele Alarme que podem ajudar. Este serviço é accionado através de um dispositivo com um botão (que pode ser usado no pulso ou ao pescoço) que, quando premido, emite um alerta que despoleta uma ligação para casa do idoso em alta voz para perceber os motivos do alarme. A partir daí, ou caso ninguém responda, contacta os familiares ou o serviço de urgência nacional. Para mais informações contactar o Serviço Tele Alarme - Apoio a Idosos - 217 933 360.

Apesar do idoso poder ter limitações físicas que aumentam o risco de queda, este deve ser encorajado a andar, realizar actividades diárias, exercício físico adequado que melhore o equilíbrio e a flexibilidade, aumente a força, a resistência e a coordenação. É de extrema importância perceber o que pode levar à queda, procurar compreender motivações e necessidades e explorar formas de ajudar sem que o idoso se sinta inferiorizado ou inactivo.

Quando existem familiares acamados deve pedir-se apoio no Centro de Saúde ou Unidade de Saúde Familiar. Ajude-se e ajude-o a prevenir o acidente! Não espere pela queda para tomar medidas.

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Beatriz Madeira
Pode ver a resposta à sua questão em https://sabiasque.pt/forum/22-outros-assuntos/2902-atropelamentoindemnizacao-de-aurora-costa.html
Aurora Costa
Atropelamento
Boa noite, equipa do "Sabias que".
Recorro mais uma vez à vossa preciosa e sábia ajuda.
A minha Mãe tem 73 anos e foi atropelada no passado dia 4 de Outubro, quando estava a passar numa passadeira. O condutor tentou fugir, tendo sido "detido" pelos populares até chegar o INEM e a PSP.
A minha Mãe foi encaminhada para a urgência do Hospital, diagnosticaram-lhe três dedos do pé partidos, diversos hematomas, e pagamos nesse mesmo dia as despesas médicas (que agora serão reembolsadas pela Seguradora).
Na altura, solicitei via telefone e mail ajuda domiciliária à Seguradora, uma vez que a minha Mãe ficou acamada. Nunca obtive uma resposta a este pedido.
Após estarmos sem notícias da Seguradora durante um mês, decidi contactá-los, pois ainda não tinham indicado nenhum médico para seguir a situação clínica. Infelizmente, após alguma agressividade e indignação, marcaram para o dia seguinte uma consulta médica e, posteriormente, sessões de fisioterapia.
A minha questão é a seguinte: perante tanta indiferença da Seguradora, do sofrimento físico e psicológico da minha Mãe, de não sabermos se, devido à sua idade, irá voltar andar sem dores e perfeitamente como antes do acidente, como devemos proceder para pedir uma indemnização à Seguradora?
Que formulários e procedimentos legais são necessários?
Obrigada pela vossa atenção à minha questão.

Aurora Costa