Caro Miguel Ribeiro, boa tarde.
Compreendo perfeitamente o que diz. Não sei se posso nem se tenho o direito, mas vou dar-lhe uma modesta sugestão de quem passou por uma experiência de doença oncológica e que sobreviveu.
Faça uma gestão do tempo que lhe é concedido (os 30 dias anuais) para estar presente e ao lado da sua esposa. Queira estar presente apenas quando a sua esposa o desejar.
Será, porventura, mais importante estar presente durante a cirurgia (se for aplicável) e o período de recuperação (que ela vai precisar de ajuda, sim!) do que em todas as sessões de radioterapia.
Será que consegue conciliar-se com família e amigos para que partilhem as idas às sessões de radioterapia?
Ela vai precisar de suporte, sim, do seu acima de tudo, inquestionável, e vai precisar de alguém que esteja com ela a cada instante, sim... mas façam conjuntamente um "plano de ataque" e integrem outros elementos que também queiram estar ao vosso lado nesta difícil etapa
Não arrisque o seu emprego... gerir a doença e o desemprego seria bem pior do que apenas a primeira.
Sobretudo, acredite que não a vai perder!
A equipa faz sinceros votos de melhoras!
Cumprimentos,
Beatriz Madeira
PS - Desculpe se fui intrusiva e, por favor, perdoe a equipa se não nos soubemos conter.