Existe uma relação entre a Gestão dos Sistemas de Informação e os Recursos Humanos?

Duas perspectivas são possíveis para abordagem a esta temática: aquela em que os Sistemas de Informação (SI) suportam uma actividade empresarial, numa dimensão abrangente, e aquela em que os SI suportam a actividade das empresas, e que estão profundamente interligadas.

Os SI são, hoje em dia, a ferramenta de que dispomos para efectuar eficazmente todos os processos de geração, codificação, interpretação, armazenamento e disseminação de informação. Ora, quem está na origem da informação são as pessoas, sendo que a gestão destas é fundamental para concretizar a transformação da informação (detida individualmente) em conhecimento partilhado e, este sim, útil à organização (porque se torna memória organizacional).

A informação, contida nas pessoas, é o manancial mais importante da organização, daí a importância dos recursos humanos nas organizações. Sem a informação, devidamente tratada e organizada, não haveria processos sistematizados, estruturas funcionais, recursos disponíveis, coordenação interdepartamental, entre tantas outras coisas que fazem as organizações ‘mexer’.

Esta ‘organização’ da informação, que a transforma em conhecimento, tem hoje uma grande ferramenta à sua disposição, os SI. São estes que permitem sustentar toda a actividade da organização sem que se ‘perca’ a informação (dados) e tornando-a utilizável por todos. A partilha de informação é um dos passos fundamentais para que seja possível estar actualizado e, por isso, ser competitivo no mercado.

Como nos diz a Wikipedia, em http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_do_conhecimento: “Hoje em dia, o mundo globalizado nos oferece milhares de informações divulgadas e acessiveis através de diversos meios. Ter controle, facilidade de acesso e manter um gerenciamento integrado sobre essas informações passou a ser um diferencial para que se possa atingir objetivos desejados e atualmente, gerenciar as informações passou a não ser mais suficiente, e de uma maneira integrada e relacionada, passou-se a falar de gerenciamento ou Gestão do Conhecimento. Entende-se por conhecimento a informação interpretada, ou seja, o que cada informação significa e que impactos no meio cada informação pode causar, de modo que a informação possa ser utilizada para importantes ações e tomadas de decisões. Sabendo como o meio reage às informações, pode-se antever as mudanças e se posicionar de forma a obter vantagens e ser bem sucedido nos objetivos a que se propõe. Em uma definição resumida pode-se dizer que Gestão do Conhecimento é um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional.”

Daí que, na primeira perspectiva, se defenda os SI como a grande ferramenta de suporte à gestão da empresa e que, por tal, estes assumam uma importância fulcral no que respeita à própria organização interna. A forma como é feita a Gestão dos SI vai influenciar toda a gestão da organização, incluindo a dos recursos humanos. É importante, por isso, que a gestão de topo tenha linhas claras definidas quanto à política de gestão dos SI, bem como de todos os outros sub-sistemas integrantes da estrutura.

A segunda perspectiva leva-nos a uma dimensão micro, em que os profissionais são tanto mais eficazes quanto melhor souberem utilizar e tirar partido das novas tecnologias. O domínio dos recursos tecnológicos disponíveis por parte dos profissionais vai permitir uma rapidez na geração, codificação, interpretação, armazenamento e disseminação de informação e, por isso, influenciar o posicionamento da organização no mercado em que opera

A Gestão dos SI é fulcral para que a memória organizacional – gerada a partir do tratamento da informação que cada indivíduo detém individualmente – seja administrada e orientada de forma útil e proveitosa à organização